No momento, você está visualizando 5 Ações Americanas Baratas em Mínima de 52 Semanas para Ficar de Olho

5 Ações Americanas Baratas em Mínima de 52 Semanas para Ficar de Olho

Quando falamos em investir no exterior, especialmente na Bolsa Americana, a primeira coisa que vem à mente de muitos investidores é o potencial de crescimento das Ações Americanas de grandes corporações globais. Mas e quando essas empresas entram em queda? Será que estamos diante de oportunidades ou armadilhas?

Neste artigo, vamos analisar 5 Ações Americanas que estão sendo negociadas em ou perto de suas mínimas de 52 semanas, e vamos discutir se pode fazer sentido incluir essas empresas em uma estratégia de longo prazo, principalmente para quem busca dividendos consistentes e quer investir em dólar com mais segurança.

Gráfico de ações em queda sendo analisado em tela digital com caneta touch
Investir em ações americanas perto das mínimas de 52 semanas pode parecer tentador, mas exige análise criteriosa.

Por que acompanhar as mínimas de 52 semanas?

A mínima de 52 semanas representa o menor preço pelo qual uma ação foi negociada no último ano. Quando uma empresa chega a esse patamar, muitos investidores veem como um possível ponto de entrada estratégico.

Algumas razões para observar esse indicador:

  • Pode indicar desconto de valor em relação aos fundamentos;
  • Reflete sentimento negativo do mercado, que pode ser exagerado;
  • Pode sinalizar mudança de tendência ou oportunidade de reversão.

Mas cuidado: nem toda ação barata está “barata” por acaso. Avaliar os fundamentos e o contexto macroeconômico é essencial.

1 – UnitedHealth Group (UNH): Pressões, mas fundamentos sólidos

A UnitedHealth Group, uma das maiores empresas de planos de saúde dos EUA, tem enfrentado ventos contrários significativos.

Nos últimos meses, a empresa passou por um momento delicado após a morte do CEO da divisão de seguros. Para piorar, o aumento nos custos médicos colocou pressão sobre as margens da empresa. Mas será que isso compromete o longo prazo?

Apesar da turbulência, a UNH segue com uma capitalização de mercado robusta (US$ 389 bi) e fundamentos que continuam atrativos. O preço da ação caiu cerca de 31% em relação à sua máxima recente, sendo negociado agora com um P/L de 15,3x (abaixo da média histórica de 19,6x).

Principais destaques:

  • Dividend Yield atual: 1,9%
  • Crescimento de dividendos: média de 14% ao ano nos últimos 5 anos
  • 15 anos consecutivos de aumento de dividendos

Com uma história de consistência e boa gestão, pode ser uma opção interessante para quem quer investir em dólar com foco em saúde e estabilidade.

2 – Alphabet (GOOGL): Oportunidade entre riscos regulatórios

A dona do Google, Alphabet, está no centro de uma tempestade regulatória, com o Departamento de Justiça americano ameaçando sua estrutura por “práticas monopolistas”.

Mesmo com esse ruído, a empresa segue com crescimento robusto em setores como IA e YouTube, e ainda domina o mercado de buscas. Seu valor de mercado está em torno de US$ 1,8 trilhão, mas as ações já recuaram quase 30% em relação às máximas.

Avaliação atual:

  • P/L futuro: 17x (vs. média histórica de 22,5x)
  • EV/EBITDA: 13,6x (muito abaixo da média de 17,2x)

Mesmo com os riscos, a diversificação de receitas da Alphabet é um ponto positivo. Para investidores que buscam stocks americanos com potencial de valor escondido, pode ser uma escolha certeira.

3 – Novo Nordisk (NVO): Pressionada pela concorrência

Conhecida por seu protagonismo no setor farmacêutico e na corrida pelos medicamentos para perda de peso, a Novo Nordisk viu suas ações despencarem com a ascensão da rival Eli Lilly.

A ação caiu mais de 50% nos últimos 12 meses, mesmo com um histórico de alta expressiva nos últimos anos. A empresa tem um market cap de US$ 275,58 bi e negocia a avaliações bem descontadas em relação às médias históricas:

  • P/L futuro: 14,7x (vs. 21,1x)
  • EV/EBITDA: 14,1x (vs. 23,9x)

Embora a concorrência esteja crescendo, a Novo ainda é uma empresa relevante no mercado global. Talvez não seja hora de comprar mais, mas para quem já tem na carteira, manter pode ser razoável.

4 – Nike (NKE): Marca forte, mas resultados fracos

A gigante dos esportes Nike tem enfrentado queda de vendas, principalmente na China, onde costumava ter grande participação de mercado. Isso, aliado à falta de inovação e pressão competitiva, tem minado a confiança dos investidores.

Com uma queda de cerca de 40% nos últimos 12 meses, a empresa hoje negocia com indicadores abaixo da média:

  • P/L atual: 19,16x (vs. 31,4x)
  • EV/EBITDA: 14,83x (vs. 24,9x)

Mas ao analisar as margens, o declínio é evidente:

  • Margem operacional caiu de 15,6% para 10,3%
  • Margem EBITDA de 17,3% para 12,5%

Apesar da força da marca, o momento não é dos melhores. Pode ser o caso de realocar o capital em empresas com perspectivas mais claras de recuperação.

5 – Microsoft (MSFT): Gigante com leve desconto

A Microsoft é uma das queridinhas de Wall Street, mas tem andado de lado nos últimos tempos. As ações caíram cerca de 10% no ano e 25% desde a última máxima.

Mesmo com desempenho fraco no curto prazo, a empresa segue extremamente lucrativa, com diversificação em IA, nuvem, jogos e produtividade. A avaliação ainda está acima da média do mercado, mas abaixo da sua própria média:

  • P/L futuro: 24,5x (vs. 29,9x)
  • EV/EBITDA: 19,4x (vs. 22,9x)
  • Dividend Yield: 1%, com crescimento anual de 10% por quase 20 anos

Para quem busca dividendos em dólar com solidez de balanço e crescimento constante, a Microsoft continua sendo uma opção confiável, embora sem tão grande “barganha” quanto a Alphabet.

Banner Nomad Global app Blog 1024x300

Conclusão: O que aprendemos com essas 5 Ações da Bolsa Americana

Investir em ações americanas perto das mínimas de 52 semanas pode parecer tentador, mas exige análise criteriosa. Entre essas cinco empresas analisadas, algumas mostram claros sinais de subavaliação com fundamentos fortes, enquanto outras ainda têm muito a provar.

Resumo:

  • Comprar com cautela: Alphabet e UnitedHealth parecem boas candidatas.
  • Manter em observação: Novo Nordisk e Microsoft.
  • Reavaliar a tese: Nike, pelo momento ruim e queda de margens.

Para quem deseja investir em dólar, montar uma carteira diversificada com stocks americanos pode ser uma excelente forma de gerar renda passiva e se proteger da instabilidade local. Mas lembre-se: sempre faça sua própria análise.

FAQ: Dúvidas Frequentes

1. Comprar ações em mínima de 52 semanas é sempre uma boa ideia?

Nem sempre. É importante analisar os fundamentos e o contexto que levou à queda.

2. Qual a vantagem de investir em ações na Bolsa Americana?

Empresas mais consolidadas, diversificação global, acesso a setores inovadores e dividendos em dólar.

3. Como saber se a avaliação de uma ação está atrativa?

Compare indicadores como P/L, EV/EBITDA com as médias históricas da própria empresa.

4. Quais corretoras permitem investir em ações americanas do Brasil?

Corretoras como Avenue, Passfolio, Nomad, e Inter Global são opções populares.

5. Stocks americanos pagam dividendos regulares?

Sim, muitas empresas nos EUA pagam dividendos trimestrais e algumas inclusive mensalmente.

Gostou do artigo? Compartilhe com outros investidores e continue acompanhando nosso blog para mais análises sobre ações da bolsa americana e estratégias para investir no exterior com segurança.

Tony Martins

Olá, sou Tony Martins, um entusiasta do mundo dos investimentos no Brasil e nos EUA, com mais de vinte anos de experiência empresarial. Criei este blog com o objetivo de compartilhando conhecimentos e insights acumulados ao longo de minha jornada. Minha missão é simplificar o universo dos investimentos, fornecendo informações valiosas e práticas para ajudá-lo a tomar decisões informadas e construir um futuro financeiro sólido.
0 0 votos
Article Rating
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários